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APM Terminals e DP World lideram iniciativas para acelerar a transição energética em operações portuárias

  • As empresas elaboraram um roteiro claro para incentivar a eletrificação das operações portuárias no prazo de 2 a 8 anos, como resultado de pesquisa sobre o uso de equipamentos elétricos voltados à movimentação de contêineres (CHE).
  • Esse roteiro é um primeiro passo para mobilizar empresas que atuam no setor, a fim de acelerar a eletrificação das operações portuárias, na corrida para o alcance do net zero.

A APM Terminals e a DP World anunciam hoje uma iniciativa para acelerar a descarbonização dos terminais portuários, em todo o mundo, por meio da eletrificação dos equipamentos voltados à movimentação de contêineres (CHE).

A iniciativa baseia-se em estudos que demonstram que a transição de CHEs para versões elétricas, movidas à bateria, pode ser alcançada nos próximos dois a oito anos, com a adesão das empresas que atuam nos diversos elos do setor. Os resultados da pesquisa (White Paper) e o guia para a eletrificação de CHE são temas de um white paper ao setor, já endossado pelo Porto de Kalundborg, Eurogate e Smart Freight Centre.

O chamado Container handling equipment (CHE) é uma classe de equipamentos essenciais às operações portuárias, utilizados para movimentar contêineres dentro e fora dos navios, nos 940 portos de contêineres do mundo1. Em 2020, a frota global de CHE permitiu o transporte de 815 milhões de TEUs2, com valor total de US$ 8,1 trilhões3. Estimada entre 100 mil e 120 mil unidades, a frota global de CHE é responsável pela emissão de cerca de 10 a 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano (escopo 1 e escopo 2).

A pesquisa constatou que os desafios que dificultam a adoção do CHE elétrico movido à bateria podem ser superados. O ponto de inflexão, para a substituição de CHE à diesel por CHE elétrico, movido à bateria, como a opção mais econômica, atraente e acessível, pode ocorrer nos próximos 2 a 8 anos, desde que as partes interessadas do setor adotem as medidas agora. A carta aberta com o estudo identifica as principais alavancas e ações relacionadas, que podem ser tomadas pelos participantes de toda a cadeia de valor, incluindo operadores de terminais, fabricantes de equipamentos, autoridades portuárias, entidades governamentais afiliadas e operadores de linhas de navegação.

"Sendo claro: precisamos acelerar a nossa agenda de descarbonização e precisamos fazer isso agora. Tenho o prazer de anunciar que a pesquisa que realizamos, em conjunto com a Systemiq e a ZenMo, confirma que o ponto de inflexão para a eletrificação do CHE está ao nosso alcance, ainda nesta década. Agora, estamos solicitando ações para que todo o ecossistema portuário acelere em direção a esse marco. É importante que nos unamos e tomemos medidas concretas, em conjunto a vários players do setor, para que isso aconteça", afirma Keith Svendsen, CEO da APM Terminals.

"Os equipamentos elétricos movidos à bateria nos portos são uma maneira realista, viável e econômica de reduzir drasticamente as emissões de carbono. Ao longo de minha carreira, vi muitos participantes do setor falarem sobre vários métodos para alcançar o net zero, mas nunca fiquei tão convencido da capacidade de uma iniciativa de acelerar a descarbonização. Espero sinceramente que as conclusões do white paper possam ser usadas por todo o setor para estimular mudanças reais com os CHEs elétricos", comenta Tiemen Meester, COO de Portos e Terminais da DP World.

A pesquisa mencionada prevê uma série de ações que podem ser tomadas para atingir esse ponto de inflexão, incluindo tornar a operação net zero uma exigência, como parte das novas concessões de portos, e ter os operadores de terminais e fabricantes de equipamentos trabalhando juntos, para aumentar a demanda. Além disso, os fornecedores podem trabalhar para desenvolver ainda mais suas cadeias de suprimentos e padronizar determinados componentes, com o apoio dos operadores de terminais.

"Essencialmente, o que queremos é proporcionar um local de trabalho mais saudável, mais limpo e mais eficiente para as milhares de pessoas que trabalham nos terminais e vivem nas comunidades ao redor deles. E, embora a eletrificação dos equipamentos de manuseio de contêineres seja apenas uma peça do quebra-cabeça, acreditamos que é uma parte que pode ser abordada de forma relativamente mais fácil e rápida do que outras, se trabalharmos juntos e evitarmos complexidades desnecessárias", diz Sahar Rashidbeigi, diretor global de descarbonização da APM Terminals.

A APM Terminals e a DP World incentivam os demais players do setor a analisar a pesquisa e apoiar seus objetivos. Como próxima etapa, os parceiros estão se preparando para mobilizar a colaboração de todo o setor em torno da eletrificação de CHE e das operações portuárias net zero.

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Source: UNCTAD (2020), Ports in the global liner shipping network: Understanding their position, connectivity, and changes over time, Link
2 Source: UNCTAD (2021), Review of Maritime Transport, Link
3 Source: Port Economics, Management and Policy (2020), Value of Containerized Trade, Link